O Bom do Videogame
Jogos de tabuleiro sempre me intrigou e fez parte da minha infância, seja jogando Banco Imobiliário, Detetive ou até mesmo o disputadíssimo War. Naquela época era muito fácil reunir três ou quatro amigos para iniciar uma partida. Hoje em dia, já não é tão fácil conseguir tal façanha, mas em compensação, descobri um novo universo de jogos. Jogos muito mais elaborados e complexos, tais como, Zombicide ou até mesmo os inspirados em videogames como Bloodborne - Card Game e o Resident Evil 2 - The Board Game. E seguindo essa mesma linha, gostaria de lhe apresentar um projeto…
“O início dos anos 90 marcou muitas infâncias. Em uma época em que as crianças eram vistas com mais frequência pelas ruas, jogando bola ou brincando de pique, pais desesperados para conter as crianças um pouco mais dentro de casa ficavam tranquilos quando a brincadeira era o videogame, mesmo com o medo de estragar a TV. Quem possuía um console chamava os amigos para as novas aventuras digitais, principalmente nos fins de semana com a folga da escola e, com sorte, um jogo alugado.
Ahhh… A locadora… Para muitos a sexta-feira ou o sábado era como um ritual mágico. Ir até um local cheio de jogos de videogame, consoles ligados e muitas pessoas conversando sobre o assunto. Após uma dura escolha do jogo que irá entretê-lo pelo final de semana inteiro, era hora de chamar os amigos e iniciar a diversão.
Esse sistema se manteve ativo até meados dos anos 2000, quando a pirataria de jogos em CD e a popularização do computador barateou muitos os custos, permitindo que as pessoas pudessem ter diversão sem precisar alugar os jogos. Foi o fim das locadoras de videogame. Uma após a outra fecharam as portas por todo o Brasil, deixando muitas saudades. A emoção de ir na locadora para alugar um lançamento e conversar com os amigos ficou apenas na lembrança.
Com o fim das locadoras, infelizmente, não era mais possível reviver os bons momentos dessa época. Até agora…”
O Bom do Videogame
O Bom do Videogame é um jogo de tabuleiro moderno que traz a emoção da locadora para a sua mesa. Os jogadores são crianças no início dos anos 90, dividindo suas atenções entre conseguir dinheiro para a diversão, estudar, comprar revistas no jornaleiro, alugar jogos, implorar aos pais por jogos de presente e, finalmente, jogar o máximo que puder.
Ou seja, o objetivo do jogo é se tornar “O Bom do Videogame” alugando, comprando e terminando games (dos mais diversos níveis de dificuldade). Isso tudo gerenciando o pouco recurso financeiro que uma criança na década de 90 tinha. Inclusive, você também poderá comprar revistas de jogos, que te auxiliará no término de um jogo. E após 5 semanas de disputa, o jogo é encerrado e se inicia a contagem de pontos.
São 4 formas distintas de pontuação:
- Zerados: Cada jogo possui uma pontuação própria. Quanto mais díficil o jogo, mais pontos ele vale. Basta zerá-lo para poder contar com seus pontos no final.
- Jogados: Aqueles que conhecem mais jogos possuem uma reputação de respeito. No final da partida, há um bônus para quem jogou mais jogos, mesmo que não os tenha zerado.
- Novidades: Quem é antenado e está por dentro das novidades também tem boa reputação. O registro dos cristais de novidade no Caderno de Passwords garante alguns pontos extras no final da partida, além de alguns recursos adicionados durante o jogo.
- Reputação: Cada partida possui 7 reputações que os jogadores podem conquistar, como zerar 3 jogos difíceis ou possuir revistas dos 6 gêneros. Basta concluir o requisito antes dos outros jogadores para conquistá-la. Cada reputação possui sua própria pontuação, como os jogos.
Com tantas formas de pontuar, diversos comportamentos diferentes podem levar à vitória e aquele com mais pontos é declarado “O Bom do Videogame”.
Há diversos detalhes do jogo que não foram abordados aqui, como por exemplo, “como faz para zerar um jogo?” Que deixarei para quem tiver mais curiosidade, acessar a página do projeto no Facebook.
Como comprar?
O jogo entrará como projeto de financiamento coletivo pelo Catarse no dia 14 de Agosto de 2019. A data é em comemoração aos 30 anos da chegada dos videogames 16 bits ao ocidente, data da chegada do Mega Drive no Estados Unidos.
Quem está por trás do projeto?
Os autores do jogo são:
- Patrick Matheus, co-autor do sucesso Masmorra de Dados e do Gnomopolis.
- André Luiz Negrão, autor do curso de Game Design da Game Academy.
Porém, uma série de produtores de conteúdo estão apoiando o projeto, como Celso Affini (Defenestrando Jogos), Don Juanito (Snestalgia), Jiraiya (Canal do Jiraiya), Pedro Casanova (Cogumelando), Raul (Nostalgia dos Games), Will (Canal do Will), Julinho Rockmankun (Rockman Plays), Daniel e Júlia (Retro Level), Gusang (Assopra Fitas), Paladino (Paladino 2000), Pedro Silva (História Revista) e Ivan Battesini e Cleber Marques (Warpzone).
E nós do Videogames com Cerveja, ficamos contentes em poder realizar essa pequena contribuição ao projeto! Ou seria isso tudo um brincadeira de 1° de Abril? Não sei, veremos… ^^’